Tratos culturais em cana-soca: como o uso de dados pode levar ao aumento da produtividade e da lucratividade.

É muito importante fazer o ajuste correto da nutrição para que a planta se desenvolva e, por consequência, fique bem nutrida e entregue ao agricultor o que se espera: produtividade.

No caso da cana-soca a adubação para a próxima safra é realizada logo após a colheita. Nesse momento (em alguma situações) são feitas algumas operações de correção do solo como calagem e gessagem (reposição de Cálcio, Magnésio e Enxofre, correção da acidez do solo e redução da atividade do alumínio em profundidade), atividades que buscam restabelecer o potencial produtivo do solo. Existem também nutrientes, como o nitrogênio e o potássio, que não se acumulam no solo e por isso a cada ciclo devem ser repostos de acordo com a expectativa de produtividade.

A reposição de nutrientes é fundamental já que quanto mais se é produzido, mais se é retirado e, portanto, mais se torna necessário colocar de volta. Essa é uma conta de equilíbrio. E ao elevar os níveis nutricionais do solo haverá uma maior capacidade desse solo sustentar uma expectativa de alta produção.
Aqui existe uma questão fundamental: se for colocado de volta no solo mais nutriente do que o que foi extraído, estaremos jogando dinheiro fora por não haver necessidade de tamanha quantidade. Por outro lado, se for colocado menos nutriente do que o necessário, estaremos sacrificando a cultura, pois ela não terá condição suficiente para expressar todo o seu potencial produtivo, ou seja eu também perdemos dinheiro.

A recomendação para cana-soca é muito sensível, pois poderá haver perdas tanto se pender para um lado quanto para o outro, seja por estar limitando a produtividade, seja por estar gastando demais onde não é necessário.

Como fazer uma recomendação que não leve a prejuízos?

A InCeres tem soluções que utilizam imagem de satélite e oferecem dados que possibilitam identificar os locais no talhão onde há maior e menor produção de cana. Com essa identificação é possível fazer adubação e reposição de nutrientes com base exatamente no que será produzido e na reposição do que foi retirado.

Por meio de imagens de antes da colheita, é possível fazer um mapeamento e verificar a situação de uma cana-soca. Pode-se identificar áreas onde a planta extrai os nutrientes de maneira diferente dentro do mesmo talhão. Em áreas mais produtivas a planta está extraindo mais e em áreas menos produtivas, a planta está extraindo menos.

Desta forma é possível recomendar a colocação de nutrientes de forma diferente dentro do mesmo talhão.

Além disso, com a imagem de satélite, mais o conhecimento da área e da quantidade produzida nos anos anteriores, é possível criar um mapa de produtividade estimada, ou seja, pode-se fazer uma estimativa de quanta cana será produzida na próxima safra.

Um exemplo para ilustrar:

Se for esperada uma colheita de 120 a 127 toneladas por hectare, é necessário que se coloque nutrientes em quantidade suficiente para ter possibilidade de alcançar essa produtividade. Então, por meio das imagens de satélite pode-se identificar as manchas na plantação e saber onde existe a necessidade de se investir mais ou menos.

Com esse tipo de estratégia é possível sustentar uma produtividade que pode chegar a ser 70% maior do que a média da produtividade sem seu uso. Além disso, sem esse tipo de abordagem é mais difícil sustentar altas taxas de produtividade.

Ainda a partir do mapa de produtividade, pode-se calcular a necessidade de nitrogênio em taxa variada, usando de 70% da dose em primeira aplicação e 30% da dose recomendada em uma segunda aplicação o mais tarde possível, porém, ainda enquanto as máquinas podem entrar no talhão sem quebrar a cana. O potássio pode seguir a mesma estratégia, prestando atenção também nos teores de argila do solo.

Precisa de ajuda para as recomendações? Além das soluções específicas para cada necessidade, a InCeres ainda tem uma biblioteca que conta com diversos materiais e artigos para orientação de recomendação e estratégia para cana- soca.

Com a estratégia correta, é possível ficar muito mais perto de alcançar altas taxas de produtividade sem desperdício de recursos.

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