Tipos de Imagem de Satélite para usar na sua lavoura

As imagens de satélite estão entre as inovações tecnológicas mais interessantes e úteis para o desenvolvimento da agricultura. Por meio delas é possível monitorar a lavoura no  decorrer da safra e com isso, contribuindo, juntamente com análises de fertilidade e produtividade, no manejo da área. 

Mas você sabe de qual forma as imagens de satélite auxiliam na produção agrícola?

A InCeres te explica e mostra os benefícios que essa inovação traz para a sua lavoura.

Venha conferir!

Por que imagens de satélite são importantes na agricultura

A utilização das imagens de satélite na agricultura auxilia a monitorar a lavoura desde o pré-plantio até a colheita.

Assim, é possível analisar, por meio de índices vegetativos, o desenvolvimento da lavoura identificando possíveis problemas que podem estar localizados em partes específicas do talhão. 

Imagens de satélite podem auxiliar na gestão agrícola

Dentro da plataforma InCeres, podemos analisar um histórico de imagens, direcionando para o estudo safras anteriores. Estes dados são bastante úteis pois com  a comparação de safras, podemos investigar, juntamente com análises de fertilidade e produtividade, se as estratégias de manejo, tanto de fertilidade como de pragas, estão sendo eficientes na lavoura. 

Há várias formas de calcular índices vegetativos pelas imagens de satélite,entre elas estão o NDVI e o SAVI. Venha entender um pouco mais sobre eles:

NDVI

NDVI é uma sigla para Índice de Vegetação da Diferença Normalizada. Esta é uma das técnicas mais utilizadas para monitorar a vegetação via imagens de satélite.

A adoção do NDVI é pioneira e revolucionou a gestão de muitos campos agrícolas. Venha saber como:

O que é, e para que serve

A NDVI é um índice gerado a partir de imagens em frequências específicas captadas pelos satélites como o Sentinel e o Landsat.  

E a partir disso, podemos calcular índices vegetativos e analisar de forma visual como a lavoura está se comportando no momento em que a imagem foi capturada.

Com esses indicadores é possível gerar uma série de dados que são utilizados para monitorar a lavoura. 

Benefícios

Com o NDVI, os produtores agrícolas conseguem caracterizar, monitorar e comparar sua plantação por meio de dados confiáveis, além disso, investigar como o talhão está se desenvolvendo em partes mais isoladas do talhão, onde o acesso é limitado.

SAVI

O SAVI é outro modelo que faz uso das imagens de satélite para esta mesma finalidade.

A diferença entre ambos é que o SAVI é uma versão do NDVI que passou por algumas modificações. Confira mais sobre:

O que é, e para que serve.

SAVI significa Índice de Vegetação Ajustado ao Solo. Tal como o NDVI, este indicador analisa as condições da lavoura, porém sendo mais indicados em condições específicas, como o pós plantio, onde a lavoura está emergindo e índices como o NDVI não são indicados para esse tipo de situação. 

SAVI na plataforma Web InCeres

Este índice, juntamente com o NDVI, auxiliam no monitoramento da lavoura. 

Benefícios

O maior benefício do índice SAVI é a sua cobertura mais precisa. Deste modo, o SAVI é mais indicado para o início da safra, após o plantio. 

Além desta vantagem, esta medição apresenta todos os benefícios do NDVI. Logo, o SAVI também auxilia no monitoramento e na tomada de decisões assertivas pelo agricultor.

Gostou de saber mais sobre o uso de imagens de satélite na agricultura? Então acesse o blog da InCeres e conheça mais sobre o uso e os benefícios da tecnologia na produção agrícola.

Se desejar outras informações, entre em contato com a InCeres e saiba como as nossas ferramentas ajudam agricultores de todo o país a ter melhor desempenho na safra.

Até mais! 

Mapa de Produtividade: o que são e qual sua importância na agricultura de precisão

Mapa de Produtividade: o que são e qual sua importância

O mapa de produtividade é um recurso da agricultura de precisão que ajuda a compreender o desempenho de cada talhão.

Atualmente, com o crescente investimento em tecnologia, os produtores têm utilizado cada vez mais meios para maximizar os resultados do agronegócio.

Além de compreender as necessidades para utilizar os insumos de forma mais inteligente e planejar processos de forma mais eficiente.

Quer entender melhor sobre o mapa de produtividade e a sua importância para a agricultura de precisão? Então, continue a leitura.

O que é Mapa de Produtividade

O mapeamento da produtividade é muito importante para a agricultura de precisão. Esse recurso auxilia o produtor a investigar as variabilidades apresentadas nos talhões após a colheita, podendo ser uma análise complementar à análise de fertilidade de solo. 

Ou seja, com o mapa de produtividade é possível identificar a quantidade de produto colhido em cada parte da área plantada. Permitindo o estudo conjunto  de fatores que podem estar afetando a produtividade na lavoura, direcionando o  manejo da lavoura. 

Dessa forma, cada área possui informações específicas  que permitem melhorar o entendimento da área como um todo. 

Para que servem os mapas de produtividade

De modo geral, os mapas de produtividade servem para investigar a variabilidade de produtividade do talhão.

Através da mensuração de dados da colheita, juntamente com os dados de solo, é possível dimensionar a heterogeneidade do solo da propriedade.

Esse recurso do acompanhamento da colheita pode ser feito por meio de sensores no maquinário em atividade na lavoura e analisado pelo produtor utilizando plataformas digitais, como a plataforma da InCeres.

Quais os benefícios do Mapa de Produtividade

O principal benefício do mapa de produtividade está relacionado à compreensão da produtividade dentro do talhão. 

Esses recursos são possíveis devido aos dados gerados em cada área da propriedade, ajudando o produtor a entender o desempenho dos talhões após a colheita. 

Dessa forma, é possível gerenciar, de forma mais inteligente, o manejo a ser empregado e determinar estratégias de produção mais eficientes. Ou seja, auxiliando no planejamento de safra.

Os desafios de interpretar um Mapa de Produtividade

Um grande desafio do mapa de produtividade é a sua dificuldade de uso pelos produtores. Muitas das vezes, isso ocorre pela falta de informação do potencial desse recurso.

Como os mapas são gerados com a utilização de tecnologias, como o GPS e softwares específicos, os produtores acabam tendo mais dificuldade para lidar. O que acaba sendo necessário uma consultoria agronômica ou plataformas digitais que unificam as análises, como a plataforma web InCeres

Apesar dessas dificuldades, o recurso do mapa de produtividade é extremamente importante para compreender o desempenho do talhão.

Por isso, é preciso ter calma! pode levar um tempo para se adequar e utilizá-lo da melhor maneira. Mas no final, valerá a pena.

Como obter mapas de produtividade

O mapa de produtividade pode ser gerado a partir de dois métodos, que são: direto e indireto.

Nesse contexto, o método direto envolve a medição da massa, geralmente mensurada em quilogramas (Kg), e do volume dos produtos colhidos,  através das células de cargas, que podem estar presentes no maquinário de colheita.

As células de carga podem ser definidas como balanças instaladas nas lavouras, com o intuito de mensurar o fluxo de colheita em um determinado período de tempo e área.

Por outro lado, o método indireto faz a mensuração da colheita através de sensores gravimétricos, como a placa de impacto (sistema mais comum utilizados pelo mercado).

Nesse método, também pode ser utilizado sensores ópticos que mensuram o volume da colheita por meio da geração de imagens 3D. 

Contudo, ambos os métodos de geração do mapa de produtividade devem estar ligados a um receptor GNSS (Sistema de Navegação Global por Satélite).

Quer aprender mais sobre a agricultura de precisão? Então, acesse o blog da InCeres para mais conteúdos como esse do mapa de produtividade.

A atenção especial que deve ser dada ao Fósforo (P) na nutrição do solo

Os solos brasileiros são antigos e sofreram muitas transformações no decorrer do tempo devido ao clima tropical em que se encontram. Esses solos tendem a ser mais ácidos e apresentarem uma baixa fertilidade, o que traz ao produtor rural a necessidade da construção da fertilidade de seu solo. Nesse contexto, o fósforo (P) é um nutriente que necessita de atenção especial.

Devido à alta acidez do meio, na maioria das vezes, o P se encontra fixado no solo, resultando em uma menor disponibilidade desse nutriente para a absorção pelas plantas. Em outras palavras: os solos brasileiros no geral são deficientes em fósforo, o que limita a produção agrícola.

Essa limitação ocorre pois o P desempenha funções muito importantes no metabolismo das plantas, como a geração de energia (e por isso está relacionado a todos os processos que envolvem gasto energético), produção de proteínas, estrutura do material genético, dentre outras, que evidenciam seu papel como macronutriente.

Por isso, a adubação fosfatada é uma grande aliada do produtor, seja qual for a cultura. A fosfatagem, por exemplo, é uma prática corretiva realizada em pré-plantio que visa a aplicação de altas doses de fertilizantes fosfatados para que uma maior concentração de P fique disponível na solução do solo, melhorando a nutrição das lavouras.

Para a correção do teor de P no solo, a análise química é muito importante, pois ela que apontará quanto de P o solo possui e o quanto ele ainda necessita para alcançar uma fertilidade adequada. Sendo assim, a interpretação da análise de solo é a principal ferramenta na tomada de decisão do produtor rural em relação a adubação fosfatada, o que interfere diretamente na aquisição e aplicação de fertilizantes, e principalmente nomanejo da área da propriedade rural.

Com a plataforma InCeres a análise dos dados de fertilidade estão ao alcance do produtor: Com a inserção da análise de solo na plataforma é feita a interpretação dos teores de P na área, dando suporte ao produtor para que ele realize o manejo mais adequado para as necessidades de seu solo, possibilitando uma boa nutrição das plantas e o alcance das produtividades esperadas, na medida  certa sem exagero ou deficiência.

Geada: como usar os dados digitais para fazer a avaliação dos danos e traçar a melhor estratégia.

As geadas ocorridas no mês de julho de 2021 afetaram grande parte dos produtores da região centro-sul do país. Estas regiões já sofriam por fatores climáticos, pois enfrentaram neste ano uma seca prolongada que assolou as culturas e causou uma queda drástica nas produções.

A união da seca e, na sequência, duas grandes massas de ar polar com intensa geada trouxeram prejuízos bilionários para o campo (METSUL, 2021), pois as culturas já enfrentavam um longo estresse hídrico e não tiveram condições fisiológicas suficientes para enfrentar e reagir às geadas.

Os danos pela geada são causados pela ruptura das células dos tecidos que foram afetados, sendo que essa ruptura ocorre como consequência do congelamento do suco celular. Os danos variam conforme a intensidade da geada, as condições ambientais após a geada e o comportamento das variedades cultivadas.

A intensidade da geada depende do tempo que a temperatura permanece abaixo de zero. A partir daí, podemos ter injúrias simples, que vão desde uma simples queima de folha, até injúrias drásticas, que levam à morte da gema apical, das gemas laterais superiores e, até mesmo a morte de todas as gemas laterais (ASSOVALE, 2021).

Dentre todos os prejuízos causados aos mais diversos produtores e culturas podemos citar aqueles que produzem cana-de-açúcar, milho segunda safra, feijão, café e tantas outras. Estas culturas têm suas produções concentradas nas regiões afetadas pela geada e, por isso, o alto prejuízo em decorrência deste evento climático.

Tratando-se da produção de café, o Sul de Minas Gerais foi a região mais atingida pela geada no período citado, onde os prejuízos são descritos como os piores em 27 anos, desde a grande onda de frio de julho de 1994 (METSUL, 2021). A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) estima que até 30% da área total pode ter sofrido danos com a ocorrência da geada e destes, com 70% da cultura toda queimada.

“São danos que podem comprometer não apenas a safra do próximo ano mas, como muitas lavouras eram novas, também podem influenciar as produções de 2023 e 2024”, avaliou a o pesquisador da Epamig César Botelho.

As imagens abaixo ilustram parte dos danos causados a esta lavoura.

Na cana-de-açúcar, assim como
no café, os danos também variam conforme as condições climáticas locais e
cultivares utilizadas. Tem-se que para esta cultura, o estado de São Paulo produza
sozinho próximo de 60% de toda a cana-de-açúcar e etanol do país (CANA NOVA,
2018).

Apesar de benéfico para a
economia paulista, esta concentração da produção causou grande prejuízo ao
setor, pois, o estado foi quase que totalmente acometido pelas geadas deste ano
afetando fortemente sua produção. O mapa abaixo representa uma estimativa das
temperaturas mínimas em São Paulo no fim do mês de julho de 2021.

É possível observar que
quase todo o estado sofreu com temperaturas inferiores a 6°C, excluindo apenas
algumas áreas isoladas. Esta situação contribuiu para a formação de geadas que
afetaram fortemente as lavouras.

Os
agricultores sabem que os prejuízos deixados são imensos, mas como mensurá-los
para identificar as áreas mais afetadas?

Uma das opções é por meio das
análises de índices vegetativos, como RGB e NDVI (Índice de Vegetação por
Diferença Normalizada), ferramentas que a InCeres disponibiliza para seus
clientes.

Um meio prático de entender os
resultados do índice RGB é por meio da correlação com as cores obtidas após
processamento, sendo que, quanto mais verde, maior formação de biomassa e quanto
mais vermelho, maior a  interferência do
solo, ou seja, baixo desenvolvimento vegetativo.

Apresentamos um caso onde foi
possível realizar um levantamento dos danos causados pelas últimas geadas numa
área de cana-de-açúcar no estado de São Paulo.

A figura abaixo representa o índice RGB desta área calculado no dia 21 de fevereiro de 2021, ou seja, em pleno desenvolvimento vegetativo e antes da ocorrência das geadas. Na imagem é possível observar bom desenvolvimento da cultura, pois a área está com alta proporção de verde.

Nesta mesma área foi realizado o processamento do mesmo índice RGB com dados de 16 de julho de 2021, ou seja, logo após o acontecimento das geadas no local, o resultado obtido é apresentado abaixo.

É possível observar o quão
devastadora foi a geada para a cana-de-açúcar neste talhão. Todo o índice que
era verde passa a ser identificado com tons de roxo, o que indica a morte do
meristema apical e, consequente, morte da cultura.

Outro dado passível de ser
analisado, como já citado, é o NDVI. De maneira prática, o NDVI  mede a quantidade de reflectância das folhas
portanto, quanto mais verde a folha, maior sua reflectância e, através disso, é
possível analisar alguns parâmetros como nutrição de plantas (em especial pra o
Nitrogênio), sanidade de plantas, déficits hídricos, entre outros.

Na mesma área apresentada anteriormente, foi realizado o processamento deste índice nas duas datas citadas, 21de fevereiro de 2021 e 16 de julho de 2021, respectivamente. Os resultados obtidos são apresentados nas figuras abaixo:

Figura 1
Figura 2

Atentando-se aos resultados da legenda, observamos na figura 1 que a área apresentava um índice NDVI médio de 69,75 antes da geada e esse valor cai a 19,48 na figura 2, que representa a área após a geada. Esta queda drástica reflete a morte das partes verdes da cultura e a grande devastação no local.

Estes resultados comprovam o grande prejuízo causado à lavoura e essas informações devem ser levadas em conta no momento da tomada de decisão. Nesse caso é possível dizer que não há alternativa, a não ser realizar a colheita imediata no canavial.

Com as soluções da InCeres você
tem acesso a ferramentas que podem ajudá-lo a tomar decisões estratégicas para
sua lavoura, mesmo em circunstâncias extremas ou desfavoráveis.