Uma coisa é certa: quando se pensa em gerenciamento agrícola, grande parte das pessoas pensa em um método de gestão de processos, desde a compra de insumos até a venda de produção.
E, temos que admitir, o conceito está certo. Um gerenciamento agrícola, basicamente, contempla estes processos, dentre outros mais a serem coordenados e trabalhados em conjunto.
Mas é possível otimizar ainda mais esse gerenciamento, e engana-se quem pensa que será algo complexo, que demandará de mais tempo, esforços e, é claro, investimentos.
O solo é a chave. Ele é a entidade máxima da agricultura, onde tudo começa, e é preciso conhecer suas características de nutrição, bem como entender a sua variabilidade e seus limites, para conseguir extrair o máximo de produção dessa parceria.
Porta de entrada
Vamos lá, é hora de compreender qual a razão do gerenciamento do solo ser o “marco zero” para um bom gerenciamento agrícola.
Faça um exercício mental, exercício esse que não é preciso ser especialista em agricultura ou ativo na área para obter a resposta: você consegue imaginar algo mais essencial para a agricultura do que o solo?
A resposta é óbvia: não. O solo é o básico, é o início de qualquer intenção de se praticar a agricultura, independente do tamanho ou da cultura.
É aí que a agricultura de precisão começa a entrar em cena.
Sabendo da real importância do solo em toda cadeia produtiva, há de se ter em mente também que é necessário conhecer o máximo possível de informações sobre ele antes de qualquer processo.
E só a agricultura de precisão permite um panorama amplo, com o máximo de informações e enfoques em busca do potencial máximo na qualidade dos dados.
A primeira etapa é conhecer a nutrição do solo em geral, detectando sua variabilidade ao longo de diferentes regiões da terra, para um levantamento detalhado dos diferentes potenciais de cada local.
Isso é feito no planejamento inteligente da grade amostral, que qualifica os pontos corretos para coleta das amostras do solo, que serão levadas ao laboratório e resultarão em dados mais completos e confiáveis.
Amostras analisadas, dados de nutrição em mãos. É hora de entender melhor os resultados.
O próximo passo é a geração dos mapas de fertilidade, que nada mais são do que expressões visuais dos níveis de fertilidade obtidos pelas coletas de solo, a etapa anterior do processo.
Eles mostram, com grande precisão, quais os potenciais de cada área específica, indicando os dados obtidos e analisados pelo laboratório para cada setor do terreno.
E aqui vale um importante lembrete: a agricultura de precisão preza pelo conhecimento profundo das necessidades do solo, obtendo dados sobre sua variabilidade e corrigindo os pontos plausíveis de correção.
Isso não quer dizer que todas as deficiências podem ser corrigidas. Existem pontos em que isso não é possível. A verdade é que nesses pontos, a AP ajuda na detecção e na extração do seu melhor potencial produtivo, dentro de suas limitações.
É proporcionar para cada parte do solo a chance de produzir ao seu máximo!
Isso é um passo importante dentro da construção de um gerenciamento agrícola de qualidade, já que com esse vasto conhecimento e dados obtidos, é possível optar pela semente ideal para o solo, bem como a quantidade exata de insumos a serem aplicados, sem desperdícios.
Utilizar estritamente o necessário em cada parte, otimizando investimento, aumentando a lucratividade e agindo cada vez mais de maneira sustentável. É utilizar um bom manejo de fertilidade para se obter um bom gerenciamento agrícola.
O solo agradece pela atenção e retribui também de maneira positiva: com maior produtividade.
Bom, agora você já sabe como um bom gerenciamento de solo é a base para um processo completo de gerenciamento agrícola. É hora de se conscientizar e conhecer cada vez mais o que o solo pode fazer por você e sua lavoura.
Manter seus conhecimentos atualizados, estar munido de boas ferramentas – em software e em hardware também – são essenciais para otimizar seus processos no campo. Mas o respeito com o solo e o que ele pode proporcionar é a chave do sucesso, sempre!
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