Todas as culturas possuem mitos, histórias fantasiosas passadas de geração em geração sobre seres fantásticos que habitam o mundo. Todos sabem que são apenas invenções, mas, vez ou outra, é possível encontrar alguém que acredite nestas fantasias. Recentemente, presenciei a propagação de um mito no setor agrodigital.
Estive na sede de uma grande empresa, que uma vez já foi uma startup mas, foi adquirida por uma grande soma de dinheiro. Ouvi o presidente (CEO) explicar como pretendem transformar a Agricultura a partir da coleta de dados e da tomada de decisões inteligentes, orientadas para o sucesso do produtor. Foi uma hora de apresentação.
Nessa uma hora, o CEO citou o profissional da Agricultura, o engenheiro agrônomo, apenas uma vez, nos minutos finais, logo antes de abrir para perguntas do público. Em sua fala, única, “o profissional tem um lugar certo e definitivo na Agricultura”, sem, no entanto, esclarecer qual é este lugar em sua visão. Por outro lado, deixou claro que as tomadas de decisão e de suporte ao produtor, a partir de seu ponto de vista, não cabem mais ao agrônomo, que será retirado de sua posição de consultor ou apoiador do produtor em tomadas de decisões agronômicas.
É um discurso encantador. Como o canto da sereia, uma voz tão linda que me faz esquecer de tudo na vida, inclusive das básicas noções de sobrevivência, como respirar por exemplo. O canto, junto com a imagem feminina e linda do ser mitológico, faz os marujos pularem de seus navios para seguirem-nas para baixo da água, onde buscam um amor perfeito e, um a um, morrem afogados, porque não respiram embaixo da água. Mas nem percebem isso. Morrem.
Assim é a intenção de substituir o agrônomo na tomada de decisões no campo: uma fantasia. É um momento de reflexão. Se o Brasil é uma potência em crescimento no agronegócio, como deixar de lado um profissional essencial para que o setor continue evoluindo? Corre pelo mercado um número tido como mágico, que 70% das profissões de nossos filhos ainda não foram criadas. Que nossos filhos terão profissões que hoje desconhecemos e não imaginamos. Como conciliar o novo com a evolução e as pessoas? A tecnologia poderá tomar o espaço e a função do ser humano?
Em alguns setores indubitavelmente sim. Robótica é realidade em fábricas. O funcionário da fábrica não se modernizou a tempo e os sindicatos lutavam por benefícios enquanto eram cegos aos avanços tecnológicos e não perceberam que estavam cavando o buraco de suas profissões.
Mas, aqui cabe ressaltar: o olhar do profissional, de quem entende do assunto, é essencial. A tecnologia trouxe grandes avanços e um mundo de possibilidades, mas só o profissional qualificado pode interpretar corretamente os dados fornecidos pelas máquinas e obter deles os melhores resultados.
Na InCeres apostamos no Agrônomo como a pessoa mais capaz e o profissional indispensável para os recordes de produtividade. O empoderamento desse profissional com ferramentas que o auxiliem na tomada de decisão junto aos produtores irá perpetuar a profissão. Não por fisiologismo ou por sindicalismo de classe, mas sim por resultados, por decisões assertivas que levam à geração de valor.
A InCeres é uma ferramenta para conectar pessoas. Estamos ao lado das pessoas da Agricultura, do Agrônomo, do Produtor e também da cadeia de suprimentos gerando valor para todos, empoderando a agricultura em toda sua extensão. Nossa missão é acelerar a digitalização da agricultura porque é lucrativo e gera valor para as pessoas.
No nosso site você pode saber mais sobre nosso movimento de integração e empoderamento para todos os profissionais da Agricultura de Precisão.
InCeres, você pode contar com a gente.
Leonardo Menegatti, CEO da InCeres.