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Checklist: como aumentar a produtividade na cana-de-açúcar?

combarter baixar produtividade da cana
Combater a baixa produtividade de cana não é tão difícil quanto parece.

Muito investimento, muito estudo, tudo muito bem planejado… Mas na hora da colheita, o resultado deixa a desejar. A baixa produtividade é algo que nenhum produtor quer ver de perto (ou sentir no bolso)!
Na cultura da cana-de-açúcar isso não é diferente, e as expectativas são altas. O mercado global aposta em uma colheita robusta para a safra 2017/2018, com números previstos entre 590 e 610 milhões de toneladas.
Com um cenário favorável para a produção e comercialização da cana, não existe hora melhor para parar e pensar: qual a maneira certa de combater a baixa produtividade da lavoura e intensificar os lucros?
Não é tão fácil como uma receita de bolo, mas o caminho a se seguir está bem claro. É hora de acompanhar um checklist básico, com 5 passos para você otimizar sua produtividade ao máximo e decolar junto com o setor sucroalcooleiro do Brasil.
 

1 – Amostragem de solo

O solo não é uniforme em sua totalidade, como todos nós sabemos. E, ao contrário do que muitos pensam, a agricultura de precisão e nenhum outro conceito de agricultura são capazes de uniformizar o solo.
Portanto, a conversa aqui não é buscar essa uniformidade por meio da agricultura de precisão, para que todo o terreno produza a mesma quantidade na hora da colheita. O segredo para aumentar a produtividade neste ponto é saber conviver com essas variáveis do solo da melhor maneira possível.
A melhor maneira de se entender o solo com propriedade é fazer um processo de coleta e análise de solo com excelência. Exemplo disso é a geoestatística, conceito aplicado na agricultura de precisão para gerar uma grade amostral mais efetiva, com menos pontos coletados.
Calibrando o sistema com as profundidades à serem coletadas, bem como os nutrientes analisados pelo laboratório, o sistema indica os pontos de coleta do solo, com maior precisão e resultados em um nível maior de excelência.
Depois da programação e coleta do solo, as análises vão para o laboratório e em breve os resultados serão concebidos. Com isso, você terá uma visão mais ampla sobre a qualidade do solo em que a cana será cultivada, bem como poderá se preparar melhor para a etapa de correção.
 

2 – Agricultura de precisão

Para entender um pouco mais sobre os benefícios da agricultura de precisão na cultura da cana-de-açúcar, a InCeres produziu um webinar sobre mapas de produtividade em cana-de-açúcar, apresentado pelo prof. Paulo Graziano (Feagri/Unicamp). Vale a pena conferir para se aprofundar mais no assunto.
Os itens 1 e 3 desse checklist tem uma correlação enorme entre si, e a importância de cada um deles é essencial dentro de todo o processo. O elo que liga (e otimiza) ambos é a agricultura de precisão, por isso falaremos dela agora, no meio dos dois pontos da lista.
O profundo conhecimento sobre as características e potenciais do solo – que só a agricultura de precisão pode oferecer – é um passo essencial para que a produtividade da cana atinja seus níveis máximos ao fim da colheita.
A razão disso? Simples. O conceito principal da agricultura de precisão é conhecer a fertilidade do solo que será cultivado, conhecendo suas variáveis nos diferentes pontos do terreno onde será feito o plantio.
Com isso, consegue-se compreender quais partes possuem maior potencial produtivo, quais necessitam de maior correção na fertilidade e quais delas não conseguem ir além do que podem produzir, mesmo com correções.
Isso permite um panorama mais claro de quais áreas podem obter maior rendimento na produtividade, bem como onde estão os pontos corretos em que o investimento em insumos, adubação e correção são necessários e viáveis para um aumento na produtividade.
Detectando quais pontos precisam de investimento maior e menor, quais partes do solo precisam de atenção e até onde elas podem render. É o segredo da agricultura de precisão em benefício de uma maior produtividade da cana.
 

3 – Correção e adubação

O processo de conhecimento das características de fertilidade do solo (via agricultura de precisão, por exemplo) encabeça os trabalhos desse checklist nos momentos pré-plantio.
Por isso, vale um destaque em duas etapas dessa jornada, que merecem uma atenção maior e mais detalhada, a primeira delas é a parte da amostragem do solo, que já foi citada acima. Agora o papo é sobre correção e adubação.
Como já citado anteriormente neste artigo, não adianta se iludir no conceito de que o solo é uniforme ou pode ser posto neste patamar igualitário em toda sua extensão. A chave do sucesso é conviver com estas diferenças e saber quais pontos podem ser corrigidos e otimizados.
Por isso vale um investimento na amostragem do solo feita com qualidade, na coleta e processamento destes dados, para chegarmos bem “nutridos de informações” na etapa de correção e adubação do solo.
Com as informações de cada setor do terreno a ser cultivado, o produtor sabe especificamente qual local necessita de uma maior correção de nutrientes para ser mais produtivo, ou qual setor precisa de menor atenção com a adubação.
Isso, por si só, já é garantia de dinheiro no bolso e tempo de sobra no relógio. Já está no passado o conceito de se aplicar a mesma quantidade de corretivos e adubo no solo para o campo como um todo, até mesmo nas áreas em que nem seria necessária uma correção por ter um potencial alto de produtividade.
No final das contas, na hora da colheita, o resultado é visível: cada parte do terreno cultivado produziu em seu potencial máximo, os investimentos foram controlados e certeiros antes do plantio, e a produtividade do campo chegou no pico de sua capacidade.
 

4 – Qualidade no plantio

Não existe razão para prezar pela qualidade nos processos pré-plantio e, “na hora H”, optar por material fraco na hora de plantar a cana, não é mesmo?
Como bem destaca a Ageitec (Agência Embrapa de Informação Tecnológica), é de extrema importância que o produtor escolha, antes mesmo do plantio, mudas de qualidade que se adaptem às peculiaridades da propriedade.
A principal razão para isso é aproveitar ao máximo os recursos naturais do solo para que, ao fim do processo, a produtividade seja impactada positivamente. Por isso é importante estar atento à qualidade das mudas, na quantidade de gemas das mudas plantadas, etc.
Outro ponto de extrema importância é saber a procedência das mudas de cana que serão utilizadas, para se certificar de que o resultado final será mais efetivo ainda, já que a etapa inicial foi concebida com mudas de qualidade.
 

5 – Plantar e colher na época certa!

Essa é a última chave do tesouro que envolve uma melhor produtividade na cana-de-açúcar.
O clima tropical é muito propício para a produção da cana-de-açúcar – um dos motivos que faz do Brasil um dos expoentes na produção mundial do produto – então é de suma importância dar atenção para a colheita no momento certo.
A Ageitec indica que o cultivo da cana-de-açúcar necessita, basicamente, de três fatores para obter sucesso: alta disponibilidade de água, altas temperaturas e alto índice de radiação solar. Isso tudo impacta na produtividade da cultura ao longo do processo.
Existem três sistemas diferentes para o plantio da cana-de-açúcar (sistema de ano-e-meio, sistema de ano – que citaremos abaixo – e plantio de inverno), e é aí que está o ponto a se ficar atento na hora da colheita.
O sistema de ano, como o próprio nome diz, leva em consideração um período de 12 meses de cultivo, geralmente com início entre outubro e novembro. Possui vantagens e desvantagens em sua aplicação, como você pode acompanhar no artigo original.
Já no sistema de ano-e-meio, o plantio ocorre entre janeiro e março. Todo o processo se desenrola por um tempo maior, com um crescimento mais lento na primeira metade do sistema, e com indicação de colheita no período entre 16 e 18 meses.  É considerado o sistema com maior potencial de produtividade, já que o tempo para crescimento é maior.
Respeitar essa ordem cronológica é essencial para que, no momento certo e seguidos os passos anteriores, seja colhida uma cana de qualidade e, principalmente, seja cada vez maior o nível de produtividade do campo.
 
Essa é só uma introdução em alguns pontos que, quando postos em prática, podem trazer resultados visíveis e afastar o fantasma da baixa produtividade da cana.
Temos outros artigos voltados a mais problemas encontrados no campo e algumas soluções que podem ser aplicadas para otimizar a produção, por isso, fique atento e inscreva-se em nossa newsletter.
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Gerenciamento agrícola: o segredo de um bom começo está no solo

 

 

Uma coisa é certa: quando se pensa em gerenciamento agrícola, grande parte das pessoas pensa em um método de gestão de processos, desde a compra de insumos até a venda de produção.

E, temos que admitir, o conceito está certo. Um gerenciamento agrícola, basicamente, contempla estes processos, dentre outros mais a serem coordenados e trabalhados em conjunto.

Mas é possível otimizar ainda mais esse gerenciamento, e engana-se quem pensa que será algo complexo, que demandará de mais tempo, esforços e, é claro, investimentos.

O solo é a chave. Ele é a entidade máxima da agricultura, onde tudo começa, e é preciso conhecer suas características de nutrição, bem como entender a sua variabilidade e seus limites, para conseguir extrair o máximo de produção dessa parceria.

Porta de entrada

Vamos lá, é hora de compreender qual a razão do gerenciamento do solo ser o “marco zero” para um bom gerenciamento agrícola.

Faça um exercício mental, exercício esse que não é preciso ser especialista em agricultura ou ativo na área para obter a resposta: você consegue imaginar algo mais essencial para a agricultura do que o solo?

A resposta é óbvia: não. O solo é o básico, é o início de qualquer intenção de se praticar a agricultura, independente do tamanho ou da cultura.

É aí que a agricultura de precisão começa a entrar em cena.

Sabendo da real importância do solo em toda cadeia produtiva, há de se ter em mente também que é necessário conhecer o máximo possível de informações sobre ele antes de qualquer processo.

E só a agricultura de precisão permite um panorama amplo, com o máximo de informações e enfoques em busca do potencial máximo na qualidade dos dados.

A primeira etapa é conhecer a nutrição do solo em geral, detectando sua variabilidade ao longo de diferentes regiões da terra, para um levantamento detalhado dos diferentes potenciais de cada local.

Isso é feito no planejamento inteligente da grade amostral, que qualifica os pontos corretos para coleta das amostras do solo, que serão levadas ao laboratório e resultarão em dados mais completos e confiáveis.

Amostras analisadas, dados de nutrição em mãos. É hora de entender melhor os resultados.

O próximo passo é a geração dos mapas de fertilidade, que nada mais são do que expressões visuais dos níveis de fertilidade obtidos pelas coletas de solo, a etapa anterior do processo.

Eles mostram, com grande precisão, quais os potenciais de cada área específica, indicando os dados obtidos e analisados pelo laboratório para cada setor do terreno.

E aqui vale um importante lembrete:  a agricultura de precisão preza pelo conhecimento profundo das necessidades do solo, obtendo dados sobre sua variabilidade e corrigindo os pontos plausíveis de correção.

Isso não quer dizer que todas as deficiências podem ser corrigidas. Existem pontos em que isso não é possível. A verdade é que nesses pontos, a AP ajuda na detecção e na extração do seu melhor potencial produtivo, dentro de suas limitações.

É proporcionar para cada parte do solo a chance de produzir ao seu máximo!

Isso é um passo importante dentro da construção de um gerenciamento agrícola de qualidade, já que com esse vasto conhecimento e dados obtidos, é possível optar pela semente ideal para o solo, bem como a quantidade exata de insumos a serem aplicados, sem desperdícios.

Utilizar estritamente o necessário em cada parte, otimizando investimento, aumentando a lucratividade e agindo cada vez mais de maneira sustentável. É utilizar um bom manejo de fertilidade para se obter um bom gerenciamento agrícola.

O solo agradece pela atenção e retribui também de maneira positiva: com maior produtividade.

Bom, agora você já sabe como um bom gerenciamento de solo é a base para um processo completo de gerenciamento agrícola. É hora de se conscientizar e conhecer cada vez mais o que o solo pode fazer por você e sua lavoura.

Manter seus conhecimentos atualizados, estar munido de boas ferramentas – em software e em hardware também – são essenciais para otimizar seus processos no campo. Mas o respeito com o solo e o que ele pode proporcionar é a chave do sucesso, sempre!

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InCeres Entrevista #1: Ricardo Inamasu (Embrapa)

por Cintia Cavalcanti
Num cenário de demanda crescente pela produção de alimentos e escasseamento dos recursos naturais, o Brasil ocupa uma posição privilegiada e promissora em termos de potencial agrícola, visto concentrar grande parte das terras agricultáveis, dos recursos hídricos e uma das maiores taxas de produtividade agrícola do globo.
Neste contexto, o uso de tecnologias que possibilitem o incremento da eficiência dos sistemas de produção, a otimização de insumos, e consequentemente, de custos na produção agrícola e a maximização de rendimentos aliada à minimização de efeitos aminceresbientais negativos se mostra estratégico para o agronegócio brasileiro.
Baseando-se exatamente nessas premissas, a Agricultura de Precisão (AP) pode ser considerada um sistema de manejo integrado de informações e tecnologias que parte da consideração de que as variabilidades de espaço e tempo influenciam nos rendimentos dos cultivos. Sua história no Brasil confunde-se com sua história dentro da Embrapa, que no final da década de 90, iniciava suas primeiras incursões nesse tema.
Concentrando-se inicialmente na eficiência das máquinas agrícolas importadas, que traziam essa tecnologia embarcada, uma série de estudos e projetos foram desenvolvidos dando subsídios para a formação de um grupo dentro da estatal, que no final da década seguinte, veio a se configurar como a Rede de Agricultura de Precisão.
Hoje, mais focada na potencialidade da lavoura e na gestão do sistema produtivo a partir de uma abordagem mais transversal, a Rede é composta, por 19 centros de pesquisa, 15 campos experimentais e 214 pesquisadores.
Para falar mais sobre essa iniciativa, as principais linhas de pesquisa da AP e alguns dos resultados alcançados ao longo de sua existência, a primeira edição do InCeres Entrevista é com Ricardo Yassushi Inamasu, pesquisador da Embrapa Instrumentação e professor da Universidade de São Paulo.
Quais são as principais linhas de pesquisa na Agricultura de Precisão e como elas estão organizadas dentro das pesquisas da Rede?
São várias. Justamente porque a gente trabalha com a identificação da variabilidade espacial, que parece algo muito simples. O processo é muito complexo, existem várias camadas de informação. Então, em tese, as linhas de pesquisa estão conectadas com o sistema produtivo como: fertilidade, química do solo, doenças e pragas. Todos esses são elementos que enriquecem os dados. Então, todas essas áreas acabam sendo linhas de pesquisa para a AP.
Posto dessa forma, a gente consegue inserir todos os agrônomos que trabalham no sistema de produção, mas, de uma forma geral, a gente dividiu, para que se possa fazer a gestão das pesquisas, em: culturas anuais, culturas perenes e pesquisas na área de ferramentas para a AP.
Aí, quando falamos de ferramentas, não nos referimos só às máquinas, mas também aos algoritmos, aos sistemas de informação geográfica, à geotecnologia, como geoprocessamento. Então, há um arcabouço de conhecimentos e a gente acaba criando linhas de pesquisa de uma forma bastante variada, de tal forma a encaixar os temas que os pesquisadores já trabalhavam.
Portanto, existe, de maneira bastante geral, essa divisão do ponto de vista de gestão de uma rede de pesquisa. Mas é importante salientar que todos os pesquisadores que já trabalham com um determinado tema, acabam usando a AP como elemento que enriquece sua própria pesquisa, de tal modo que não mudam sua linha principal de pesquisa, continuam na mesma temática, mas, ao mesmo tempo, inserem outros parâmetros para enriquecer o trabalho.
Esse é o foco que nós damos dentro da Rede, então é difícil dizer assim: olha, essas são as linhas de pesquisa da Embrapa. As linhas de pesquisa da Embrapa são como nós estamos colocando o tema transversal da AP dentro de outras áreas de pesquisa.
Quais foram os principais resultados práticos da primeira Rede de Agricultura de Precisão?
Um dos maiores ganhos dentro da Embrapa é entender que, até em termos de campos experimentais, a variabilidade é um fator que pode ser inserido como um parâmetro para novos estudos. Eu diria que a AP trouxe melhor entendimento e também um melhor processo de estudo agronômico da propriedade.
Nós trouxemos, como resultado prático, o fato de que agora os estudos dentro da Embrapa ficaram muito mais práticos. Mas o que seria o “mais prático”? Por exemplo, levar em conta diferenças na capacidade de armazenamento de água no solo para realizar a irrigação. É um ganho muito grande tanto no ponto de vista da qualidade da irrigação, quanto do ponto de vista da produção também.
Outro exemplo de ganhos em termos agronômicos é o de Bento Gonçalves (RS). Numa área pequena da Miolo, onde se planta uva para vinho, detectou-se que existe variabilidade de solos. E essa variabilidade do solo contribui para as características do vinho. Numa produção pequena você pode, considerando essas diferenças, aprimorar o vinho, na realidade, como se fosse uma composição de um blend, destacando determinadas qualidades e reduzindo alguns pontos que potencialmente poderiam trazer algum defeito.
Outro exemplo, são ferramentas como a condutividade elétrica do solo. Havia muita controvérsia em relação a essa ferramenta, baseando-se na crença de que os solos brasileiros não eram muito adequados para realizar essa medição. Entenda que foi realizada uma quantidade expressiva de medidas que dão sustentação para o uso desse tipo de ferramenta para identificar a variabilidade espacial do solo, tanto do ponto de vista físico, como químico.
Nesse sentido, um dos resultados, tendo como parceira a SLC, produtora de algodão, foi a elaboração de mapa de condutividade elétrica do solo nos 400 mil hectares da produção de algodão.
Dá para ver como foi expressivo o impacto dessa ferramenta. Então, são trabalhos realizados nesse sentido, que trazem uma maturidade muito grande. Além desses conhecimentos, existe a nossa publicação Agricultura de Precisão: resultados de um novo olhar” que contém vários resultados dos trabalhos da Rede. Além desses resultados, do ponto de vista de imagem aérea, embora eu não possa dizer que a rede foi responsável pela mudança qualitativa no uso do drone, pois todos os conhecimentos são incrementais, e conseguimos dar mais suporte a essa tecnologia emergente.
Hoje, a Embrapa está com um projeto muito interessante nesse tema “drone” com a empresa Qualcomm, que faz processadores para os smartphones. E aí, essa parceria entre a Qualcomm e a Embrapa tem o objetivo de implementar rotinas e programas computacionais nos drones para auxiliar no reconhecimento de parâmetros de interesse agronômico. Esse também seria um resultado prático, pois são conhecimentos que estão sendo implementados em novas tecnologias.
Também é muito importante dizer que existe um conhecimento muito grande gerado pela academia, que a gente, não só contribui, mas usa a contribuição dos demais também, num processo normal de criação de conhecimento.
De que forma o senhor espera que essas pesquisas cheguem ao produtor rural? Quais tem sido as estratégias da Embrapa nesse sentido?
Isso é um desafio muito grande. Nós estamos dando uma atenção especial para que esses conhecimentos cheguem até o produtor. São várias formas de atuação para que isso aconteça. Na realidade nós temos, até, que ampliá-las.
Por exemplo, nós treinamos multiplicadores do SENAR, em termos de parceria. Mesmo para o Ministério da Agricultura, nós montamos um processo de treinamento. Então, na realidade, nós estamos treinando os multiplicadores, assim como as universidades fazem.
Nós temos também um trabalho muito forte na mídia. Temos uma capilaridade muito grande. Portanto, na medida do possível, nós colocamos esse tema na mídia. Obviamente, os conhecimentos, como eu disse, são gerados pelas universidades ou até pelas próprias empresas. Nós sistematizamos as informações e levamos às palestras. Mas é fundamental ampliar ainda, fazer mais parcerias com as universidades, e por que não, com as empresas.
A InCeres, por exemplo, é uma empresa que tem levado a AP ao campo e, por que não, a gente estar em processos de parceria para que possa melhorar o impacto desse conhecimento, né?
Na sua opinião, qual o papel do consultor agronômico no Brasil no momento atual? E no futuro? 
O consultor agronômico, no caso da AP, é fundamental. Ele é como o médico da família. Se você olhar novamente os resultados da nossa publicação, uma das formas mais importantes, ou que tem maior impacto em termos de conhecimento na agricultura que chega ao produtor, se dá por meio de empresas prestadoras de serviço, às quais os consultores estão muito conectados.
Então poderia se entender que o consultor agronômico é a ponta de lança da AP que alcança a lavoura, seguido pelas empresas de máquinas, feiras e treinamentos.
Como a gente está falando de gestão da lavoura, o consultor é um elemento fundamental para que se possa orientar como atuar nessas diferenças espaciais, ou seja, encontrar as aptidões agrícolas das manchas no campo, ou ainda, diferenciar essas aptidões de tal forma a ter uma gestão das operações economicamente rentável e ambientalmente sustentável.
Este é o papel do consultor agronômico. Portanto, ele precisa estar bem atualizado para que possa realizar da melhor forma possível essa atividade. É, como eu disse, o médico da família. Se ele errar em algum diagnóstico pode haver um efeito negativo muito grande.
Como o senhor vê o Brasil em termos de desenvolvimento de tecnologia para a agricultura?
Bom, o perfil dos nossos agricultores é um perfil bastante moderno. Obviamente, eu estou falando de um agricultor de ponta. Se não tivesse esse perfil, nós não teríamos uma agricultura tão pujante mundialmente.
Mas é um perfil que não aguarda muito uma tecnologia de fora. É um perfil que sempre está em busca de novas tecnologias, é muito mais proativo.
E essa proatividade se justifica porque os nossos problemas são muito próprios do trópico, e uma característica de produção de um clima tropical, por ser diferente de uma de clima temperado, exige uma busca de soluções própria e essa busca acaba se traduzindo em novas tecnologias, mais adaptadas para a nossa agricultura.
Assim, o perfil do nosso agricultor e da nossa agricultura é um perfil bastante empreendedor, que busca muito conhecimento e vive buscando soluções para os problemas, porque os problemas que afligem nossos produtores são problemas muitas vezes diferentes dos problemas que existem nos países de clima temperados. Isso é um drive para inovação muito grande.
Então pode-se dizer que é um cenário bastante favorável para o aumento do uso dessas tecnologias?
Isso! Talvez eu seja um otimista incorrigível em relação ao uso da AP. Nós achamos que a AP é uma forma de fazer agricultura que permeia, independentemente da fase, e vai estar incorporada ao processo de gestão da propriedade.
Talvez no futuro nem se precise dizer que é AP, porque é o processo mais adequado que existe no sistema de produção, quer dizer, levar em consideração a variabilidade espacial é um ponto fundamental para ter uma agricultura mais sustentável e seria ilógico não se considerar esses parâmetros no seu sistema produtivo.
A partir do momento que você abriu os olhos para isso, dificilmente você vai deixar de olhar para esse tipo de abordagem.

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Contaminação ambiental no campo: a tecnologia e seu potencial para reduzi-la

Com o passar do tempo a cobrança por um mundo sustentável é cada vez maior e reduzir os impactos da contaminação é o maior desafio da agricultura.

No contexto da agricultura, a contaminação ambienta remonta a períodos muito antigos da nossa espécie. Por muito tempo acreditou-se que essa relação acontecia de maneira equilibrada, em função da falta de conhecimento sobre os impactos negativos que as interações do homem com os recursos naturais eram (e são) capazes de causar.
De forma resumida: contaminação ambiental é todo o processo que, quando comprovado, indique a inserção de resíduos ou substâncias no meio natural.
Ou seja, é quase impossível viver na Terra sem que de alguma forma estejamos contaminando-a. E isso vai além do campo, não é difícil notar os impactos causados pelos seres humanos nos grandes centros urbanos.
Quase não quer dizer impossível.
Enquanto não é possível que a agricultura exerça seu máximo potencial produtivo sem impactar o meio ambiente, é importante adotar técnicas que minimizem esses danos. Afinal de contas, é da “nossa casa” que estamos falando.
Muitos avanços têm ocorrido nesse sentido e a tecnologia tem sido uma arma poderosa na luta por um mundo sustentável.
É hora de conferir 3 tecnologias parceiras do meio ambiente e como elas reduzem os impactos da contaminação. Somando pontos para a agricultura e, claro, para o meio ambiente.

1 – Drones pulverizadores VS Pesticidas

drones e inseticidas
Drones garantem maior assertividade no processo.

Um estudo recente apontou que os pesticidas utilizados na agroindústria representam um perigo “sem precedentes” para diversas espécies do reino animal. A contaminação ambiental causada por esses insumos têm sido tema de um amplo debate sobre sua utilização.
Muitos países, inclusive, estão adotando estratégias para reduzir a aplicação de pesticidas em suas lavouras como forma de reduzir a contaminação ambiental. Portugal, por exemplo, desde 2014 adota restrições ao uso dessas substâncias, como forma de melhorar a qualidade de vida das pessoas e também do meio ambiente.
As formas convencionais de aplicação dos pesticidas que inclui a utilização de aeronaves, apesar de ser utilizada há muito tempo, não garante a assertividade da aplicação da substância.
Uma vez que acaba espalhando seus resíduos por locais indesejados e nem sempre atingindo seu alvo principal.
Os drones surgem como uma opção mais eficiente para aplicação, uma vez que seu uso garante que o produto seja lançado exatamente nos lugares previamente mapeados.

2 – Agricultura de precisão VS Uso tradicional dos fertilizantes

agricultura de precisão
Os fertilizantes também geram um intenso debate no mercado agrícola no que diz respeito aos seus efeitos sobre a contaminação ambiental.
Seu uso intensivo acaba gerando prejuízos econômicos para o setor, uma vez que é posto em prática um investimento desnecessário para os administradores de lavouras e usinas.
Por que?
Pelo simples fato de que o a inserção deles nos cultivos é feita através de um cálculo médio. Ou seja, estipula-se um valor X a ser utilizado em toda a área do campo. Quando na verdade é necessário entender que cada pedaço do solo possui necessidades especificas.
A agricultura de precisão ajuda a combater esse conflito. Uma vez que considera a necessidade exata que cada parte do terreno necessita, baseada em tecnologias fornecidas pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS).
O conjunto de dados fornecidos pela agricultura de precisão possibilita que possamos manter os altos índices de produtividades com investimentos otimizados.
E o melhor de tudo, reduzindo de forma considerável a aplicação desnecessária de fertilizantes no solo. E consequentemente auxiliando na redução dos impactos ambientais.

3 – Pulverização de Precisão VS Herbicidas

precisão
Pulverização de precisão passou a ser uma realidade

Cultivos como a cana-de-açúcar, por exemplo, necessitam de uma intensa utilização de herbicidas a fim de reduzir o impacto de pragas na lavoura. No entanto essas ações impactam de forma direta o solo em que a cana está sendo plantada.
A contaminação do solo é uma grande preocupação, uma vez que a humanidade precisa cada vez mais de um solo produtivo e fértil, tendo em vista que a longo prazo a população mundial tende a crescer consideravelmente.
É a pulverização de precisão que traz uma nova luz para esse embate.
Ela possibilita que os herbicidas sejam aplicados apenas nas áreas com infestações de plantas danosas à cultura. Reduzindo a utilização desses insumos e gerando uma maior economia para as empresas agrícolas.
Não foi necessário chegar até aqui para concluir que a contaminação ambiental é um problema que precisa ser combatido em todos os setores da sociedade. No campo não deve ser diferente.
É grande a responsabilidade que a agroindústria possui junto às pessoas, afinal é o setor que leva alimento para todas as mesas. Fazer isso de uma maneira sustentável deixou de ser uma questão de opção, e passou a ser uma necessidade.
A tecnologia está aí para isso: nos ajudar as combater os males em nossos processos, gerando lucratividade e de quebra tornando o mundo um lugar melhor para se viver.

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Insumos: Conhecer o solo é o caminho para economia no uso e lucratividade no campo

É hora de saber como o uso consciente e otimizado dos insumos pode impactar a lucratividade da sua fazenda positivamente

Não é por acaso que é cada vez maior o coro que defende a seguinte tese: em breve, toda a agricultura brasileira será de precisão.
É uma necessidade tangível e sensível ao cotidiano de quem vive do campo, independente se é um consultor agrícola, pequeno produtor ou diretor de uma grande usina.
Otimizar os processos, tornar a cadeia produtiva mais eficiente, diminuir os custos e aumentar a lucratividade. Tudo isso é possível seguindo a trilha que a agricultura de precisão está traçando no cenário agro brasileiro.
Um dos principais aspectos positivos da agricultura de precisão é a riqueza de detalhes permitida por ela no conhecimento do solo, suas características e necessidades.
Isso reflete no bolso e na produtividade, é claro. E isso fica claro na hora de investir nos insumos, e é hora de entender a razão disso. Fique atento, abra seus horizontes e potencialize ao máximo a sua produção.

Adeus ao tradicional

Quando se entra no universo da agricultura de precisão, é hora de quebrar paradigmas e deixar as relações com a agricultura tradicional no passado.
A AP é pautada estritamente no uso da tecnologia em benefício do campo e do produtor, unindo conceitos como imagens de satélite, geoestatística e interpolação de dados. Isso tudo soa muito complexo? Talvez sim, talvez não.
A verdade é que a nova geração dos softwares para agricultura de precisão une estes e outros preceitos técnicos em prol do produtor, de maneira simples, intuitiva e de fácil manuseio.
Um bom exemplo disso é o método da geração da grade amostral da plataforma InCeres, por exemplo. Com base na geoestatística, ela define pontos específicos para coleta do solo, diminuindo a quantidade deles mas sem perder a eficiência, pois aumenta a eficácia dos resultados coletados.
Isso resulta em um panorama geral sobre o solo de toda a propriedade. Reunidos todos estes dados, são gerados os mapas de recomendação, que mostram em todos os detalhes as necessidades de cada talhão da propriedade.
Isso permite um entendimento extremamente preciso sobre as necessidades nutritivas do solo, bem como indica as correções específicas que cada parte necessita.
Este é o foco principal: entender que o solo não é uniforme, que suas necessidades não são iguais em toda a sua extensão e que, é claro, elas não podem ser corrigidas da mesma maneira

Correção com precisão

Compreendidas as necessidades nutricionais do solo, indicadas quais as correções que são necessárias para otimizar a produção, é hora de colocar a mão na massa.
Este é o momento onde o investimento financeiro começa a se tornar consciente. A plataforma indica, literalmente com precisão, as correções necessárias em cada talhão do terreno.
Isso elimina o antigo processo de uniformizar, por exemplo, a aplicação de adubo em todo terreno, com a mesma quantidade em toda sua extensão, ou a correção dos nutrientes do solo, equalizando os níveis sem distinção.
A realidade agora é outra: você tem o poder nas mãos para saber aonde é necessário um investimento maior em adubação, aonde isso não é prioridade, qual parte merece maior atenção para correção da nutrição e como será feito este processo.
E o benefício vai muito além disso. O entendimento sobre as características do solo permite que você conheça o máximo potencial que pode extrair dele, conseguindo então conviver com todos as áreas produzindo ao seu máximo.
É hora de dar adeus ao gasto desnecessário com insumos nos talhões mais produtivos da área e concentrar o foco nas partes com maior deficiência, corrigindo-as e otimizando sua qualidade.
O resultado: a área completa em harmonia, bem nutrida e potencializada para produzir ao máximo!

Potencializando a produção

O solo já foi coletado, analisado, os resultados obtidos e as correções feitas. E agora?
E hora de esperar o resultado dar as caras visualmente e marcar mais um ponto a favor da agricultura de precisão.
A diferença é nitidamente visível: com a correção otimizada pela agricultura de precisão e a aplicação de insumos e corretivos na medida certa, a lavoura vai produzir mais e com todas as suas partes produzindo o máximo que sua nutrição permite.
Todos as partes do solo foram tratados de maneira individual, respeitando suas necessidades e as corrigindo, portanto estão equalizados e aptos para produzir paralelamente cada vez mais.
Toda a cadeia produtiva foi reorganizada e otimizada, os problemas detectados e tratados e a esperança é grande de chegar aos números finais de produtividade…

Produtividade em alta…

insumos agrícolasChegamos à “prova dos 9” de todo este processo de otimização no uso de insumos. Passado todo este processo, seguidas à risca todas as etapas anteriores, a quantidade final, a produtividade da lavoura realmente aumenta?
A resposta é: sim.
Nada mais do que um sim é esperado após este processo, já que tudo o que foi planejado no processo de implementação da agricultura de precisão no campo foi efetivado.
É nessa hora que todo o esforço para se colocar o projeto em prática se faz viável, pois os números finais da produção da cultura crescerão com relação à safra anterior, já que as necessidades do solo foram compreendidas, corrigidas nos locais certos e a produção pode ser otimizada ao máximo que as áreas permitem.
O crescimento da plantação prova que os preceitos básicos da agricultura de precisão – detecção das individualidades e necessidades de cada parte do solo, bem como conviver com os diferentes potenciais do solo – são efetivos na aplicação dos insumos.
E é uma conta básica e que deixa o consultor, produtor ou gestor da usina muito feliz: conhecimento sobre o solo gera o investimento correto em insumos, sem desperdícios, que gera economia no bolso logo no início do processo.
Economia no princípio, lucratividade no final: com o solo tratado e corrigido de acordo com sua variabilidade, cada pedacinho de chão produz em seu potencial máximo e aumenta a produtividade final da lavoura.

… desperdício em queda!

insumos agrícolasMuito bem, a lavoura produziu mais, o investimento se provou satisfatório e a produtividade da lavoura aumentou. É hora do responsável pelo processo olhar para trás e entender o porquê isso ocorreu.
Não há segredo, muito menos enrolação. A mais pura verdade é que isso tudo serviu para a agricultura de precisão mostrar o seu real valor ao lado do produtor, independente da cultura ou tamanho da propriedade.
A tecnologia que permitiu entender, com ajuda da nova geração dos softwares para agricultura de precisão, quais as características do solo em diferentes talhões, suas deficiências e maneira certa de combate-las, é o que permitiu este benefício para quem produz.
Uma determinada área precisa de uma correção de nutrientes X, e esta de uma ação Y… Este lado carece de maior atenção à adubação e este não. Isso “liberta” o processo e desmistifica o conceito de que o solo é totalmente igual.
A agricultura de precisão permite conhecer e conviver com as variabilidades do solo, explorando estes diferentes panoramas da melhor maneira possível e otimizando a produção final. É o gerenciamento das diferenças, ao pé da letra.
Essa liberdade permite uma precisão na hora de adquirir os insumos e aplica-los à cultura, reduzindo custos, aumentando a rentabilidade do investimento e potencializando ao máximo a produção.

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5 benefícios que a agricultura de precisão te oferecer

Ela vem ganhando força no campo e conquistando seu espaço. É hora de saber cinco bons motivos para investir na agricultura de precisão.

Os últimos anos têm sido agraciados com poderosos avanços tecnológicos nos mais diversos setores da sociedade em que vivemos, desde o dia-a-dia na casa das pessoas, com seus smartphones, gadgets e computadores, até as indústrias, com novidades em sistemas e com máquinas capazes de produzir em escalas muito maiores do que se imaginava tempos atrás.
Novidades essas que transformam e automatizam de forma positiva e eficiente o que antes conhecíamos apenas como processos manuais com pequenas intervenções humanas.
No campo não poderia ser diferente. É necessário romper a barreira do estereótipo de que não existe espaço para as transformações tecnológicas nos ambientes rurais.
Um exemplo claro dessa mudança de panorama é a agricultura de precisão, que não apenas prova o contrário, como é uma dessas transformações com forte potencial de mudar drasticamente o cotidiano do agricultor.
Em síntese a agricultura de precisão é um conjunto de práticas baseadas na tecnologia da informação para cruzar dados sobre a variabilidade de nutrição e fertilidade do solo, com o objetivo de implantar processos de automação agrícola, facilitando assim a vida do agricultor.
 

1 – O mundo tem fome

 Estudos apontam que em 2050 o crescimento populacional terá atingido a incrível marca de 9 bilhões de pessoas. Com o passar dos anos e com o aumento da demanda por alimentos, a exigência por um campo mais produtivo será constante.
É aí que a agricultura de precisão (também conhecida como AP) exercerá seu papel determinante nessa nova realidade social.
Com a tecnologia altamente desenvolvida de seus softwares, a agricultura de precisão tornará o entendimento do solo mais fácil e dinâmico, impactando assim na produção final do alimento.
Processos otimizados, análises rápidas e eficazes, produção otimizada: toda uma cadeia benéfica obtida pela agricultura de precisão.
 

2 – Desperdício não põe comida na mesa

Um dos maiores problemas na agricultura hoje é o desperdício causado pelas terríveis alterações climáticas que assolam toda a Terra.
Essa realidade só tem a piorar, pesquisadores do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) afirmam que a produtividade agrícola, até o final do século, poderá ter caído algo em torno dos 2% por década, devido às secas e as alterações na temperatura.
A agricultura de precisão possui tecnologia para cruzar dados afim de obter resultados a respeito da variabilidade do clima em benefício do agricultor, e vai se tornar ferramenta tão importante quanto as colheitadeiras para exercer papel fundamental nos rumos que o planeta poderá tomar.

3 – Conhecimento automatizado sobre o solo

Um dos principais pontos, se não o principal deles, é qualquer agricultor precisa estar atento a todo momento sobre a qualidade do solo onde estão suas culturas. Com o auxílio das tecnologias da agricultura de precisão esse processo pode ser feito de maneira automatizada.
Uma vez que a amostragem passa a ser realizada através de procedimentos geoestatísticos, mapas de precisão da área são gerados automaticamente com o intuito de facilitar a vida do trabalhador do campo.
A agricultura de precisão possibilita, por exemplo, através desses resultados, obter um conhecimento mais exato sobre as propriedades rurais e áreas especificas da região produtiva, possibilitando a interferência mais adequada nas correções dos nutrientes do solo e aplicação de insumos.

4 – Situação sempre sob controle

O uso correto de qualquer informação é capaz de trazer resultados além do esperado, seja onde for. No campo, um banco de dados bem nutrido e relevante são o norte para qualquer decisão que seja preciso tomar durante toda a cadeia produtiva do processo agrícola.
Além de possibilitar a coleta de dados sobre a propriedade de maneira mais ágil e correta, a agricultura de precisão mantém o produtor inserido no processo e com controle das ações.
Seja por si só, ou ao lado de um consultor agrícola de confiança, o produtor que utiliza da agricultura de precisão passa a ter maior confiança nos dados coletados e nas recomendações solicitadas, com a certeza de que a chance de falha no sistema se torna quase nula e o resultado final é satisfatório.

5 – Não era apenas tempo que te faltava

mais tempo com a agricultura de precisão
Se até aqui a agricultura de precisão já fez brilhar os olhos apenas por seus benefícios técnicos, veja essa:
Muitos estudiosos criticam a celeridade com que o cotidiano tem afetado a vidas das pessoas. Estamos cada vez mais a mercê do tempo, pois são muitas coisas para se fazer, e pouco tempo para realizar.
Vivemos constantemente com a impressão de que estão faltando horas em nossos dias. A agricultura de precisão vai mostrar que não era apenas o tempo que te faltava.
Como já dito nos tópicos anteriores, os procedimentos são muito mais ágeis graças a implementação da agricultura de precisão nos processos agrícolas.
Com tudo ocorrendo de forma mais rápida, e o melhor de tudo, eficientemente, brechas no tempo vão surgir para profissionais que adotarem esses sistemas, tornando os dias menos estressantes, com mais tempo para descanso e o melhor de tudo, sem deixarem de maneira alguma de serem produtivos.
É. A tecnologia veio para ficar e provavelmente não há quem duvide disso. A questão é: quem será esperto o bastante para agarrar as oportunidades que esses avanços propiciam e fazer deles grandes oportunidade de negócio?
A agricultura de precisão é uma dessas oportunidades. Ela já vem alcançando seu lugar ao sol em países mais desenvolvidos, por lá agricultores de diversos setores estão aplicando as tecnologias da agricultura de precisão em seus processos.
Ela já se faz presente no país, com ferramentas eficientes e rápidas para colocar a agricultura de precisão em prática, e pouco a pouco, grandes empresas do agronegócio já fazem uso desses avanços.
Apesar disso, não fique achando que essas ferramentas têm seus usos restritos às empresas de grande porte. A agricultura de precisão possui infinitos benefícios, é acessível, podendo estar ao alcance de todos, desde o pequeno, ao médio e grande produtor rural.

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Quais as tendências para agricultura em 2017?

Fique atento e se programe para as tendências na Agricultura nesse ano.

Em 2016 vivemos um ano com alta taxa de desemprego, encolhimento da economia e instabilidade, poucos investimentos, mudanças na política, entre outras coisas que resultaram em muitas incertezas, principalmente na agricultura.
Um novo ano chegou, a perspectiva é de que seja um ano muito bom, em vários aspectos. De início, já se espera que a economia comece a reagir por alguns motivos. Propostas e ações do governo fazem que os agentes econômicos mantenham boas perspectivas.
Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), as expectativas positivas já estão sendo precificadas na taxa de câmbio, na inflação e na classificação de risco pelas agências internacionais.
Neste ano, a inflação deve se manter dentro do limite superior da meta. Com a estabilização da inflação, associada a estabilização do câmbio e a retomada do crescimento econômico, deve contribuir para a redução das taxas de juros aplicadas sobre o crédito rural para o Plano Agrícola e Pecuário.
Além da economia reagir através das ações propostas pelo governo, a taxa de desemprego tende a cair nesse ano que inicia. O que faz com que mais capital circule no mercado, movimentando ainda mais a economia.
Se tratando de condições climáticas, há quem diga que será um ano favorável para a agricultura, mas também há quem apoie cautela e atenção para que as perdas e prejuízos sejam minimizados.
O ano de 2016 foi um ano de El Niño intenso que por definição é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.
Devido a este fato houve interferência na produtividade da safra 15/16. Houve queda de produtividade de modo geral. São dois extremos que o El Niño trouxe: na região produtora do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) tivemos estiagem de novembro a dezembro, nos períodos iniciais da lavoura, afetando a germinação.
Já na região sul do país, tivemos chuva em excesso nos primeiros meses do ano, o que ajudou as culturas de soja e milho, mas afetou as culturas de inverno por excesso de umidade. Esse fenômeno também influenciou no aumento de incidência de pragas e doenças para esses cultivos.
Climatologistas afirmam que haverá o fenômeno La Niña, que por definição também é um fenômeno oceânico – atmosférico, mas, ao contrário do El Niño, caracteriza-se por um esfriamento incomum nas águas superficiais do Oceano Pacífico.
Assim como as características, as consequências da La Niña também são opostas ao El Niño, contudo, as características de um podem não afetar as mesmas regiões afetadas pelo outro. Há a possibilidade de vermos o fenômeno no início do primeiro trimestre de 2017, mas após o fim de um El Niño, existe um período de neutralidade, que costuma durar de 5 a 6 meses.
Esse período de neutralidade tende a favorecer a agricultura, fazendo com que a média de produtividade tenda a aumentar. O fenômeno é marcado pelo resfriamento do Oceano Pacífico, em uma região próxima da América do Sul. Influenciando a circulação de ar e trazendo umidade para a região.
Estudos climáticos indicam chuva acima da média para a região do Matopiba no primeiro trimestre do ano, melhorando o cenário que tivemos na agricultura em 2016. Também há previsão de chuva acima da média nas regiões Sudeste e Sul, embora não sejam frequentes. O calor também é menos intenso nessa época do ano, reflexo dos efeitos da ausência do intenso El Niño.
Com os efeitos da economia e do clima esperados para este ano, o IBGE prevê que agricultura brasileira obtenha safra recorde para 2017.
A projeção do CNA é de que o PIB (Produto Interno Bruto) do Agronegócio deva crescer 2% em 2017. O crescimento do PIB total será um reflexo das ações do governo, como a reforma da previdência social, reforma tributária parcial e PEC que limita os gastos do governo em até 20 anos, quais devem ser apresentadas nesse primeiro trimestre.
Uma boa safra, aumento de área plantada e clima favorável, devem influenciar positivamente a agricultura, principalmente nos setores de insumo e produção primária.
Em 2017, a previsão é de que o Brasil registre 213,7 milhões de toneladas entre cereais, leguminosas e oleaginosas, aumento de 15,3% na estimativa na safra 2016/2017.
O IBGE destaca que o aumento da produção na agricultura se dará em todas as regiões do país, mas o destaque é para o Nordeste que deve apresentar aumento de 73% nessa safra, seguido das regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul.

Agricultura digital

agricultura
A tecnologia digital ascendeu nos últimos anos de forma a ganhar todos os tipos de segmento. Algo parecido com a internet nos anos 2000 está prestes a acontecer com a tecnologia da Agricultura Digital. Especialistas dizem que um “boom” no segmento está prestes a acontecer e haverá um estouro na “bolha digital”.
Pois bem, quais seriam os impactos desse “boom”? Quando falamos de agricultura, muitas pessoas que trabalham e/ou vivenciam no meio agrícola ainda possuem pensamentos e hábitos tradicionais e convencionais. O que faz com que ainda tenham certa resistência a adoção dessas novas tecnologias.
Mas acredite, a agricultura da digital vem chegando com carga total e muito rápida e todos tendem a ganhar com essa mudança.
Se pensarmos bem, de que forma são armazenados seus e-mails? Ou sua conta bancária qual você acessa pelo aplicativo no celular, a qualquer hora e de qualquer lugar? Exatamente isso vem acontecendo com a agricultura.
Essas inovações e criações de tecnologia para a agricultura estão surgindo para facilitar a vida dos agricultores e os trabalhadores que vivem no meio.
Inovações estão surgindo para que o manejo da lavoura seja feito de forma mais rápida, com exclusivo e principal intuito de reduzir perdas e aumentar produtividade e lucratividade.
E por que as pessoas estão preocupadas com isso e criando tecnologias para o meio agro? Porque todos ganham. O produtor ganha, o revendedor de máquinas e insumos ganham, o consumidor que está comprando feijão, arroz, carne, etc no supermercado. Essa é uma via de mão dupla! E todos queremos que o país seja o melhor no que faz.

E para agricultura de precisão, o que podemos esperar?

A agricultura de precisão (AP) vem seguindo o mesmo raciocínio. A adoção da tecnologia ainda anda em passos curtos, mas vem crescendo nos últimos anos e a tendência é de aumento nos próximos.
Assim como a agricultura digital, produtores ainda são receosos a essa adoção. Muito se deve ao fato de que algumas empresas entraram no mercado de AP fazendo de forma equivocada e sem embasamento técnico para tal serviço.
Por estes motivos, há quem diga que AP não funciona.
Não funciona se não for realizada de forma correta, se não for tiver conhecimento técnico e estrutura, se não realizar TODA a cadeia da agricultura de precisão. Sim, AP não se resume em amostragem de solo e geração de mapas “bonitinhos”.
O segmento é longo e deve ser respeitado para que se colham bons frutos da adoção de tal tecnologia, que muitas vezes custa caro, mas o reflexo na produtividade pode ser visto em pouco tempo e mostra que o investimento é válido.
Com esta perspectiva, muitas empresas novas estão abrindo portas no mercado brasileiro, muitas startups do agronegócio e em específico na agricultura de precisão estão surgindo para atender tais demandas e trazem consigo inovação e criatividade, para que o produtor tenha as melhores opções e os melhores produtos e serviços para lhes auxiliar no dia-a-dia.
Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), há mais de 70 empresas especializadas em agricultura digital no país e a previsão é que aumente em 210% esse número até o final de 2017.
As perspectivas e expectativas para o ano de 2017 são muito boas. Porém não basta ser um ano bom em relação aos fatores climáticos, fatores econômicos e políticos, adoção de novas tecnologias. Um fator ou outro não sustentara sozinho a produtividade das lavouras, os fatores têm que acontecer em conjunto para que haja tais impactos.

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5 razões que provam que o futuro da Agricultura de Precisão está na computação em nuvem

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A tecnologia e a agricultura de mãos dadas em busca de uma melhor produtividade

Sem nenhum exagero envolvido, a cada segundo que passa a tecnologia se reinventa, atualiza e oferece novas facilidades e funcionalidades aos seus usuários. Engana-se quem pensa que o mundo do agronegócio fica para trás nessa parceria de crescimento junto à tecnologia.
Prova disso é a agricultura de precisão, nicho da agricultura que trabalha em fina sintonia com a tecnologia para proporcionar a quem deseja uma gama variada de informações sobre as especificações do solo, provando que cada parte do solo tem características diferentes e devem ter atenção singular para serem otimizadas.
A nova geração de softwares para agricultura de precisão começa a dar as caras no mercado e ganhar força, com base em velocidade, funcionalidade e alto poder de reunir e interpretar dados, o chamado bigdata da agricultura.
Coletar os dados, processar os mesmos de maneira eficiente e, logo na sequência, interpretá-los e planejar uma estratégia de ação para intervenção eficiente e produtiva no campo, são os pilares fundamentais da agricultura de precisão.
Quando se faz isso com eficientes ferramentas tecnológicas de armazenamento, processamento e compreensão dos dados, fica muito mais fácil e seguro aplicar o conceito na prática, não é?
Por isso, a computação em nuvem “pousou” sobre a agricultura de precisão e marca presença como a arma do futuro na relação entre tecnologia e o campo, em busca, é claro, de uma utilização saudável e com melhor custo/benefício do mesmo.
É hora de produzir mais, conhecer mais o solo e torna-lo, cada vez mais, produtivo e eficiente, com ajuda da tecnologia. Por isso, confira as dicas sobre como as nuvens cibernéticas podem ajudar na otimização do seu trabalho no campo.

1 – Armazenamento de informações

Uma das premissas básicas da agricultura de precisão é o armazenamento de dados sobre o solo analisado. Ao contrário do que muitos pensam, o solo não é inteiramente igual, e saber analisar com precisão cada trecho dele é essencial para otimizar o manejo.
O armazenamento em nuvem permite que uma quantidade maior dos dados coletados seja reunida, garantindo assim independência nos resultados para melhor aplicação das recomendações geradas pelo sistema.
Além disso, é mais segura, garantindo a manutenção dos dados gerados sem a necessidade de versões físicas do mesmo. Isso garante pontos no quesito segurança, que será debatido mais abaixo, mas que vale uma consideração agora: é viável confiar, sim, seus dados em um armazenamento em nuvem.

2 – Interpretação dinâmica

A geração anterior dos softwares para agricultura de precisão é, basicamente, pautada em softwares de carregamento lento, com interface nem um pouco intuitiva e o pior, com lentidão no processamento dessas informações.
A geração que está tomando a liderança no setor da agricultura de precisão aposta nos servidores em cloud para permitir mais rapidez na interpretação dos dados coletados e geração dos mapas de recomendação.
O entendimento rápido sobre o que o solo necessita para produzir mais, a eficiência na coleta dos dados, transporte para análise do laboratório, além da funcionalidade da análise singular dos pontos de referência no solo ganharam um bônus com a aplicação dos conceitos da computação em nuvem.

3 – Comparação e localização

Esse upgrade na coleta e interpretação dos dados oferece aos usuários dos softwares de agricultura de precisão a oportunidade de escalonar a sua produção com relação aos produtores de sua área, cidade, região e assim por diante.
Além disso, a otimização na obtenção dos resultados permite ainda, nos casos de cooperativas ou consultores agronômicos, uma linearidade de todos os produtores envolvidos em uma produção otimizada e de excelência.
Apostar nessa tendência tecnológica no campo, portanto, é estar um passo a frente dos demais “concorrentes”, sejam eles diretos ou não. Manter os olhos no futuro da tecnologia da área, ao lado do histórico de vivência no campo, é a melhor alternativa para crescer e melhorar sua colheita.
A troca na geração dos softwares começa a provar que é muito mais viável você depositar sua confiança e investimento em um software rápido, funcional e com muito mais poder de análise, do que em um que simplesmente analisa um sem fim de hectares de maneira lenta e sem profundidade analítica.

4 – Funcionalidade e relacionamento

A união entre os softwares de agricultura de precisão e a computação em nuvem proporcionam também a mobilidade do usuário na coleta das informações.
Qualquer dispositivo móvel pode oferecer o acesso ao GPS para coleta de informações espaciais, além de geração dos mapas de produtividade e de recomendação, mesmo off-line, garantindo ao usuário a liberdade que os antigos softwares em desktop não possibilitavam.
Cada vez mais são necessários novos tipos de análise de solo, novos níveis de pesquisa de minerais, nutrientes, compactação do solo, argila, etc. Tudo isso é baseado na vivência do usuário no campo, e deve ser transportado para dentro da empresa, em um relacionamento direto e que gere cada vez mais otimização nos trabalhos no solo.
A interpretação dos dados, da funcionalidade da plataforma, além de orientar novos rumos para o futuro da agricultura de precisão passa por várias mãos e mentes brilhantes, exigindo sintonia desde o homem do campo até quem cria a plataforma online.

5 – Segurança

segurança de dados na nuvem
Os dados gerados, as informações coletadas e interpretadas, tudo o que for referente ao solo e suas características… Tudo isso se encaixa num hall de informações importantes e valiosas, ou seja, merecem privacidade e segurança no seu armazenamento.
A agricultura de precisão aplicada nos preceitos da computação na nuvem garante isso, com total manutenção dos dados seguros, mesmo nos servidores não físicos. Como já comentado antes, isso garante um plus no acesso dinâmico às informações, otimizando o tempo e garantindo um trabalho cada vez mais eficiente no campo com a força da tecnologia.
Analisando por cima, esses são os pontos que cravam a computação em nuvem como a tendência do futuro na agricultura da precisão, tendência essa que já começa a dar seus passos e marcar a vida dos usuários.
Não tem escapatória! Cada vez mais é preciso abrir os olhos para o lado digital se a meta é otimizar o lado produtivo, a natureza da agricultura. Saber balancear os dois aspectos é fundamental para ser cada vez mais sustentável.
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Mitos e verdades: acidez do solo descomplicada

Saiba mais sobre os princípios básicos da interferência da acidez do solo nas lavouras

acidez do solo
O conhecimento sobre o solo a ser cultivado e a sua acidez são essenciais para que qualquer cultura germine, cresça saudável e traga bons resultados.

Antes de mais nada: o que é a acidez do solo?

Em um mundo que se tornou exigente com relação a sustentabilidade, a agricultura precisa estar atenta e buscar seguir esses princípios de modo que exerça seu papel de forma eficiente e participativa.
A fertilidade do solo deve ser uma premissa em qualquer lavoura, e para isso um dos fatores principais a se atentar está diretamente ligado a acidez do solo, para que possamos ter um solo produtivo a longo prazo.
Antes de entendermos exatamente o que é a acidez do solo, e por que ela tem tanto impacto sobre qualquer plantação, desde os jardins domésticos até às grandes lavouras, precisamos saber um pouco sobre o pH. A partir daí fica muito mais fácil conhecer a grande interferência causada pela acidez do solo nos resultados de qualquer plantio.
De forma simplificada, pH é uma representação feita através de uma escala, determinando que qualquer solução neutra é igual a sete. Ou seja, numa escala menor que sete temos uma solução ácida e maior que isso uma solução básica.
Veja no esquema abaixo:

escala de ph
Escala de pH responsável por determinar a acidez do solo (Fonte: InCeres)

O conhecimento sobre o solo a ser cultivado e a sua acidez são essenciais para que qualquer cultura germine, cresça saudável e traga bons resultados.
Para se ter uma noção do impacto que acidez do solo pode causar em uma lavoura, podemos citar como exemplo a recente divulgação de dados do Programa Estadual de Correção de Acidez do Solo, do qual participaram 15 propriedades no Rio Grande do Sul.
Os dados divulgados pelo pesquisador da Fepagro, André Dabdab Abichequer, e pelo engenheiro agrônomo Rivaldo Dheim, da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, apontam que houve um aumento de rendimentos de 50% nas lavouras de milho dos participantes.
Em números mais exatos não estamos falando de pouca coisa. No ano anterior, os agricultores tinham colhido em média 3.861 KG/ha, após o programa de controle de acidez de solo, a colheita aumentou para 5.671 KG/ha.
Os dados foram divulgados no 31º Congresso Nacional do Milho e Sorgo.
No Brasil temos um clima tropical, o que resulta em uma reação de solo na maioria das vezes ácida, por conter altos índices de alumínio, ferro e manganês. Para a produção nesse tipo de solo é necessário que seja realizada a correção através da calagem, que é a forma mais simples de se conseguir um solo menos ácido.

inceres gráficos
Disponibilidade de nutrientes de acordo com o pH.

Lembrando que as necessidades referentes à acidez do solo sofrem variações de acordo com os cultivos que serão plantadas.

Alguns exemplos da faixa do pH para lavouras específicas:

  • Milho – 5,5 a 6,5
  • Soja – 5,5 a 6,5
  • Trigo – 5,5 a 6,5
  • Algodão – 5,5 a 6,5
  • Arroz – 5,5 a 6,5
  • Feijão – 6,5 e 7

 

Quais os fatores causadores da acidez do solo?

Não é possível determinar um fator principal para essa reação uma vez que existem muitas variáveis capazes de tornar os solos mais ácidos.
A reação ácida do solo pode ocorrer de forma natural através do tempo, em decorrência da falta de alguns materiais bases em sua origem, possibilitado assim a substituição por íons de hidrogênio.
Pode ser causada também pelos fatores de manejo, sofrendo interferência através das culturas, adubação nitrogenada, decomposição da matéria orgânica, plantio direto e erosão.
Processos de formação possuem potencial para tornarem mais fáceis a remoção de elementos básicos, como cálcio, sódio, potássio e magnésio, acontecimentos que também contribuem com a acidez do solo.
Até alguns fertilizantes são capazes de alterar o solo e torná-los mais ácidos.

E como a calagem age para corrigir a acidez do solo?

dúvida
Tida como a maneira mais prática para reverter a acidez do solo, a calagem consiste na aplicação de calcário no solo, que por sua vez, reage com o solo na presença de umidade.
No entanto, para que se faça uma boa calagem do solo precisamos observar alguns pontos importantes antes de decidir como realizar este processo.
Tradicionalmente a calagem é realizada com a definição de uma dosagem média a ser aplicada em uma área em questão, essa dose é calculada em função dos resultados de análise de solo, realizada previamente, tendo como ponto de partida a amostragem de solo.
Por outro lado, vários estudos e pesquisas tem mostrado a necessidade de trabalhar com aplicações localizadas. A conhecida taxa fixa (dose média) desconsidera a variabilidade espacial da acidez do solo, por conta disso, é comum haver sub aplicação em algumas áreas e super aplicação em outras.
Considerando o que já foi mencionado anteriormente, que a disponibilidade de nutrientes para as culturas está condicionado ao pH do solo e que as culturas necessitam de uma faixa de pH ideal para se desenvolverem e expressar o máximo potencial produtivo, surge a necessidade de adotar técnicas que façam um diagnóstico do solo de forma a expressar essa variabilidade, bem como possibilitar aplicações localizadas, ou como tradicionalmente são chamadas, aplicações em taxa variada.
A agricultura de precisão pode ser uma aliada da calagem, para fins de redução da acidez do solo em propriedades que apresentam áreas heterogêneas no que diz respeito ao pH do solo, uma vez que seus conceitos e ferramentas ajudam na elaboração de um plano de aplicação mais eficaz, a partir da coleta adequada de amostras do solo, criação de mapas e a aplicação de calcário em taxa variável.
O calcário é obtido através da moagem da rocha calcária e tem em seu composto o carbonato de cálcio e/ou magnésio. Para fins de lavoura o recomendável é a utilização do calcário rico em ambos os materiais.
É com base nos resultados de análise do laboratório que podemos definir qual a aplicação mais adequada para correção da acidez do solo em cada cultura.
Podendo ser classificado então das seguintes maneiras:
Calcários Calcíticos: ricos na concentração de carbonato de cálcio e baixo teor de carbonato de magnésio, sua indicação é feita para terras deficientes em cálcio.
Calcário Dolomítico: esse calcário que possui uma concentração de magnésio acima de 25%, é indicado para a correção de solos com baixo teor tanto de cálcio quanto de magnésio.
É importante frisar aqui a existências de diversas formas físicas na qual podemos encontrar o calcário, sendo a mais comum e mais usada por agricultores no campo a rocha natural.
Temos também o calcário peletizado que é produzido através da ligação ou compressão das partículas finas de calcário, resultando em pelotas e grânulos grandes.
O calcário peletizado tem seu manuseio mais otimizado, uma vez que geram menos poeira, fazendo dele o mais popular em algumas situações. O ponto negativo do calcário peletizado está em seu valor elevado, resultado dos custos adicionais necessários para se alcançar a peletização.
O calcário, além de realizar a correção da acidez do solo, possibilita muitos outros benefícios para o agricultor, dos quais podemos destacar:

  • A diminuição da toxicidade do alumínio no solo;
  • Redução da fixação do fósforo, ou aumento da disponibilidade do mesmo;
  • É capaz de aumentar a disponibilidade no solo de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre e molibdênio;
  • Torna os fertilizantes mais eficientes, resultando em um menor desperdício;
  • Aumenta a imunidade das plantas, pois uma vez que entra na formação de suas células o calcário age na resistência de seus tecidos contra fatores de agressividade externa, como as pragas e os ventos;
  • Calcários ricos em magnésio, agem diretamente na formação da clorofila, fator de extrema importância para a retenção do açúcar pelas plantas, além de aumentar sua resistência a altas temperaturas;
  • Possibilita o aumento da atividade microbiana e a liberação de nutrientes no momento da decomposição de sua matéria orgânica;
  • Auxilia na melhora das propriedades físicas do solo, possibilitando uma melhor aeração e circulação da água;
  • Ajuda no desenvolvimento radicular, fazendo com que os cultivos tirem melhor proveito dos nutrientes num volume maior de solo, de modo que fiquem mais resistentes a falta de chuvas;
  • Aumenta a eficiência de alguns herbicidas;
  • Todos os fatores acima, quando somados, aumentam a produtividade, fornecem um melhor aproveitamento das culturas agrícolas e consequentemente aumentam a lucratividade do agricultor.

Como ter uma aplicação mais eficiente do calcário?

Muitos cuidados devem ser tomados antes do processo de calagem para que ele ocorra de maneira realmente eficiente, e para que acidez do solo não prejudique a produtividade da colheita.
Os fatores mais importantes incluem:

  • A seleção de uma fonte de calcário disponível e adequada, com a verificação da qualidade deste calcário através de análises químicas;
  • A determinação da dose a ser aplicada;
  • Correta aplicação em condições de campo.

 

Partículas no combate à acidez do solo

Ficar atento ao tamanho das partículas do calcário também é de suma importância na hora de empregar as técnicas de correção da acidez do solo. O grau de moagem determina quanto tempo será necessário para que o calcário possa reagir com o solo e efetivamente neutralizar a sua acidez.
Materiais com um grau de moagem menor devem ser preferidos caso o agricultor deseje uma interferência mais gradual e de longo prazo perante a acidez do solo.

PRNT

O Poder Relativo de Neutralização Total, ou como é mais conhecido o PRNT, é a combinação de dois índices, o PN (poder de neutralização) e o RE (reatividade), indispensáveis para quem busca neutralizar a acidez do solo em sua propriedade.
Esse índice é muito importante para o cálculo da dose de calcário a ser aplicada sob as condições de campo, com ele é possível descobrir quanto de calcário em porcentagem reagirá no período de três meses.
Seus valores são obtidos através de análise laboratorial. Podendo ser calculado através da seguinte fórmula:

PRNT = (PN X RE) / 100

Quanto mais baixo for o resultado do PRNT, maior deverá ser a taxa de aplicação de calcário para se obter o resultado mais eficiente no controle da acidez do solo.

Mais sobre o PN (Poder de Neutralização)

A determinação do Poder de Neutralização (PN) de um corretivo de acidez do solo é feita analiticamente, colocando-se uma amostra do corretivo em questão para reagir com uma quantidade determinada e sob o excesso do ácido clorídrico parcialmente diluído.
Essa prática possibilita que o corretivo seja capaz de neutralizar toda a acidez da amostra.
Em seguida é estipulado o valor do ácido em excesso e através de um cálculo de diferença encontra-se o resultado da neutralização potencial que determinado corretivo possui.

Mais sobre a RE (Reatividade)

A Reatividade (RE) de um corretivo diz respeito a quanto tempo ele levará para agir sobre o solo, em linhas gerais, o quão rápido ele é capaz de corrigir a acidez do solo. Estando dependente de muitos fatores, como:

  • Solo e clima: nas regiões mais quentes a reatividade costuma se dar num menor espaço de tempo, uma vez que a umidade e alta temperatura exercem papéis fundamentais no processo de correção do solo;
  • Estrutura química: bases fortes tendem a ser mais reativas que as bases mais fracas;
  • Estrutura física: quanto mais finas as partículas, mais rápido as reações necessárias para correção do solo começarão a surtir seus efeitos.

 

Gesso, funciona?

Em suas propriedades principais o gesso é um sal neutro, ou seja, não apresenta nenhum efeito direto na neutralização da acidez do solo.
Pelo menos não deveria.
Nos últimos tempos muitos pesquisadores têm mostrado que o fosfogesso, que na verdade é um subproduto da fabricação do ácido fosfórico, tem grande potencial de amenizar a acidez do subsolo, fornecendo muitos efeitos positivos para o desenvolvimento das raízes das plantas.
Essa recente aplicação é extremamente relevante em sistemas de cultivo de sequeiro, uma vez que a absorção radicular de água e nutrientes tendem a ser limitadas, e afetam o crescimento das plantas quando as raízes não se desenvolvem bem e não alcançam as camadas mais profundas do solo.

Ainda há muito mais a se conhecer

O conhecimento mais vasto da acidez do solo e seus impactos nas lavouras vai muito além do conteúdo desse artigo. Aqui fizemos um compilado com algumas informações básicas sobre esse tema, mas afirmamos que existe muito mais a se conhecer tanto sobre a acidez do solo, quanto das propriedades da terra de modo geral.
Lembrem-se que o sucesso de qualquer lavoura depende principalmente do solo. Afinal de contas ele está presente desde os estágios iniciais do processo de plantio até a colheita.
Fiquem atentos a isso, não deixem que descuidos referentes a acidez do solo durante o início dos trabalhos prejudiquem todo o resultado final, que é a produtividade.
Para que você possa expandir ainda mais seus conhecimentos sobre a acidez do solo, sugerimos o nosso Webinar exclusivo sobre esse tema, com a participação do professor da USP-Esalq, Dr. Rafael Otto, realizado por meio do projeto Agricultura de Precisão ao Alcance de Todos.
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Botina na terra e olhos na tela: o que é preciso para ser um bom consultor agrícola?

Ninguém duvida que é necessário um bom médico para um diagnóstico ou tratamento de qualidade, e sejamos sinceros, é difícil se sentir seguro em confiar a sua vida em um médico que faz o diagnóstico sem ao menos tocar no paciente.
Salvas as devidas proporções, este é o mesmo sentimento que os agricultores têm em relação aos consultores agrícolas, função sempre desempenhada por bons engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, mas que hoje é colocada em dúvida por alguns dos produtores rurais.
Mas qual é a razão disso? Será que os agricultores estão conseguindo criar estratégias de manejo sem a necessidade de um bom consultor agrícola? Ou os consultores agrícolas estão entregando estratégias simplistas que por sua vez acabam prejudicando a própria carreira?
Uma pergunta fica no ar, e é sobre ela que queremos falar: O que é preciso para ser um bom consultor agrícola? Não temos a pretensão de responder de forma definitiva esse questionamento, mas queremos provocar uma reflexão entres os consultores, sobre o posicionamento que estes precisam ter frente ao cenário agrícola em transformação.

Um bom consultor agrícola está atento ao agrodigital

Foi na década de 1960 onde ocorreu a revolução verde na agricultura do Brasil, com a vinda avassaladora de tecnologias, maquinário agrícola e produtos químicos.
Podemos dizer que estamos passando pela revolução digital na agricultura, já que em certos lugares é quase impossível pensar em se fazer agricultura sem a utilização de tecnologias digitais.
Mas ao mesmo tempo que há este crescimento digital, surge um mal entendido, uma resistência vinda de uma parcela significativa dos profissionais às novas tecnologias no campo, como se elas viessem com intuito de substituir o fator humano.
O que a realidade tem mostrado é que a tecnologia digital, o big data, a internet das coisas, não tem substituído a inteligência humana, nem mesmo a função dos consultores agrícolas, mas sim exigido mais da inteligência humana.
Isso aprimora a habilidade do consultor agrícola para, a partir de dados e resultados coletados, delinear estratégias agronômicas de alto desempenho. Sim meus amigos, a tecnologia é uma grande aliada, e quem consegue entender isso certamente trilhará um caminho de sucesso.
Saindo do personagem do consultor agrícola, voltando para os consultórios médicos, o exemplo se mantém: a tecnologia não acabou com a profissão dos médicos, mas exigiu deles aperfeiçoamento, atualização constante e sintonia. O resultado: cada vez mais vidas salvas.
O que talvez aconteça é que muitos agricultores já não aceitam mais as tão famosas “receitas de bolos”, ou seja, recomendações sem critérios técnicos e científicos, baseado apenas na expertise técnica do consultor agrícola.
A agricultura é complexa e tão passível de cenários distintos que o próprio solo pode apresentar características totalmente diferentes dentro de um mesmo talhão, exigindo um tratamento diferenciado e localizado.
Isso demanda de uma estratégia que pode ser definida pela análise de vários fatores, como o solo, clima e fisiologia vegetal, estratégia essa que sempre será melhor que uma tomada de decisão com base em uma única informação.

Feeling humano em prática

Por outro lado, muitos consultores agrícolas têm confiado todo o seu trabalho somente em cima da tecnologia, como se ela sozinha pudesse entregar ao agricultor uma estratégia agronômica de resultado.
Neste caso nada substitui a boa e velha visita a campo, pisar no barro, tocar nas plantas, entender e ver seu desenvolvimento em um bate-papo com o produtor.
Não basta apenas gerar um mapa de fertilidade, um mapa de produtividade, NDVI ou condutividade elétrica e entregar ao agricultor como se ele fosse colocar em uma bela moldura e pendurar na parede do escritório.
O que se espera é que tendo estes dados em mãos, o “bom consultor agrícola” trace uma estratégia específica para seu cliente, que parte do entendimento da realidade e necessidade do mesmo.
Você pode levar muitos computadores e equipamentos a campo, mas ainda assim você precisará de um bom consultor agrícola que saiba utilizar na prática as informações geradas por estes.
A tecnologia não veio para tornar simplista o trabalho do consultor agrícola, mas para tornar seu trabalho mais especializado e completo.
Essa é a resposta! É isso que precisamos: consultores agrícolas especialistas. Dessa forma, quem deseja seguir pelas estradas da Agricultura de Precisão precisa se tornar um especialista, pois este com certeza não é um lugar para aventureiros.
Há uma grande máxima na vida, de que os extremos nunca são os melhores caminhos. Isso é tão verdade, que quando pensamos em agricultura, no dia a dia de um consultor agrícola moderno, não pode-se mais dissociar o homem da máquina, a inteligência humana e a inteligência artificial.
Aos que insistem em permanecer somente de um lado, caberá ao tempo e o insucesso mostrar se suas escolhas foram as melhores.
Aos que estão dispostos a assumir este desafio de juntar campo e computador, botina e teclado, há em seus horizontes uma imensidão de trabalho a ser feito, de resultados a serem atingidos, de sucesso a ser alcançado.


mirgon brandit
Mirgon Brandt
Engenheiro Agrônomo – UFSM
RTV na InCeres – Sistemas para Agricultura de Precisão